A ativista política uigur exilada Rebiya Kadeer denunciou nesta quarta-feira (29) que cerca de 10 mil pessoas desapareceram durante os distúrbios registrados na cidade chinesa de Urumqi, no início do mês, e pediu ao Japão que investigue o ocorrido.
Rebiya denunciou que houve cerca de "10 mil desaparecidos em uma só noite" durante os distúrbios na cidade de Urumqi, na província de Xinjiang, no oeste da China.
A ativista quer saber onde estão esses milhares de pessoas, caso elas estejam mortas e pediu ao governo do Japão que "se envolva seriamente no esclarecimento da situação". Rebiya responsabilizou, além disso, o governo chinês de ter transformado em "violenta" uma manifestação que começou como pacífica.
A ativista quer saber onde estão esses milhares de pessoas, caso elas estejam mortas e pediu ao governo do Japão que "se envolva seriamente no esclarecimento da situação". Rebiya responsabilizou, além disso, o governo chinês de ter transformado em "violenta" uma manifestação que começou como pacífica.
Os prováveis ancestrais dos uigures são tribos nômades da Mongólia que se fixaram na região. Por volta do século XVII, eles se converteram ao Islã e fundaram o Reino Islâmico Uirgur do Turquestão Oriental. Tudo estava em paz, até a vizinha China se interessar pela área e reconquistá-la em 1877.
Em 1877, as tropas chinesas reconquistaram a região - que foi formalmente integrada ao império chinês como Xinjiang ("novo domínio"), em 1884. A queda do imperio Manchu, em 1911, abriu uma brecha para a briga de poder entre senhores da guerra da região.Apoiada pela ex-União Soviética, a República do Turquestão Oriental foi fundada em 1944. Mas, com pouco tempo de existência, ela perdeu o apoio soviético, que passou a ser dado aos comunistas da China.
O ditador soviético Josef Stálin então pressionou por um acordo entre o novo país e o Partido Comunista Chinês para que o território fosse cedido à China sem violência. Em 1949, Xinjiang foi rapidamente incorporada à nova República Popular da China. Pequim então deu início a uma política de incentivo à migração para a região, e a proporção de chineses da etnia han aumentou de 6% em 1949 para 41,5% em 1976, segundo dados da ONG Human Rights Watch.
A relativa liberalização da região começou em 1980, com uma autorização para Xinjiang se tornar região autônoma e com um maior respeito à cultura e praticas religiosas uigures. Mas o incentivo à migração continuou e, só nos anos 1990, 1,2 milhão de pessoas se instalaram na província. A migração é um dos motivos de tensão, já que muitos chineses mais bem preparados conseguem empregos mais rapidamente.
Em 1877, as tropas chinesas reconquistaram a região - que foi formalmente integrada ao império chinês como Xinjiang ("novo domínio"), em 1884. A queda do imperio Manchu, em 1911, abriu uma brecha para a briga de poder entre senhores da guerra da região.Apoiada pela ex-União Soviética, a República do Turquestão Oriental foi fundada em 1944. Mas, com pouco tempo de existência, ela perdeu o apoio soviético, que passou a ser dado aos comunistas da China.
O ditador soviético Josef Stálin então pressionou por um acordo entre o novo país e o Partido Comunista Chinês para que o território fosse cedido à China sem violência. Em 1949, Xinjiang foi rapidamente incorporada à nova República Popular da China. Pequim então deu início a uma política de incentivo à migração para a região, e a proporção de chineses da etnia han aumentou de 6% em 1949 para 41,5% em 1976, segundo dados da ONG Human Rights Watch.
A relativa liberalização da região começou em 1980, com uma autorização para Xinjiang se tornar região autônoma e com um maior respeito à cultura e praticas religiosas uigures. Mas o incentivo à migração continuou e, só nos anos 1990, 1,2 milhão de pessoas se instalaram na província. A migração é um dos motivos de tensão, já que muitos chineses mais bem preparados conseguem empregos mais rapidamente.
Fonte: www.g1.globo.com